domingo, 29 de junho de 2014

As últimas balas do governo Téo - I


Diz a lenda. Um presidente em final de mandato estava com um amigo em seu gabinete. Perguntado sobre o que seria os últimos momentos de seu governo, ele pediu um momento e chamou o ajudante. Pediu água e café. Chegando, ele mesmo serviu o amigo e continuou a conversa. O amigo ao testar o café, percebeu que estava gelado, ao partir para a água percebeu que estava quente. No mesmo instante, comentou o fato com o presidente. Ele prontamente respondeu, “caro amigo, isso aí é fim de mandato. ”

O governo Téo Vilela parte para seu último ano ou últimos meses se preferirmos. Gerindo a máquina pública desde janeiro de 2006, tenta timidamente criar uma marca, um tom, um feeling com mais de três milhões de habitantes. Nesses três milhões de habitantes poucos são os que acompanham a marcha lenta de fim de mandato que é fielmente traduzido nas palavras do governador em entrevista ao jornalista Edivaldo Junior “eu nunca me senti tão sozinho em todo este tempo, em todos esses 28 anos que faço política. Você pode escrever isso”.

A democracia brasileira tem dessas coisas. As arrumações dos próximos postulantes ao governo vão determinando com antecedência as companhias e as amizades.
Gerd Baggenstoss

A frase cunhada por Teotônio Vilela não deve passar desapercebida por aqueles que tentam compreender a realidade alagoana. Ela retrata o modus operandi da política caetés onde os projetos e as plataformas para Alagoas estão relegadas a 3° ou 4° plano em detrimento inicialmente das coligações partidárias que poderão definir os coeficientes eleitorais demarcadores da densidade eleitoral de cada grupo que pleiteia o Martírio como também da criação de slogans que funcionem como catalisadores de arregimentação de seguidores.

Cada passo ao Palácio dos Martírios deve estar sublinhado ainda pelo ilogismo dos matemáticos do poder. Eles definem como, quando e quantos haverão de serem sufragados pelas urnas. Determinaram, quem sabe, a dita a solidão do governador...


Agora, é torcer, e muito, para os matemáticos do poder implicar nos seus cálculos os três milhões de alagoanos.